quarta-feira, outubro 26, 2011

Finanças Pessoais - Etanol fica mais caro em SP, mas o combustível continua a ser vantajoso!


O etanol continua a ser vantajoso no estado de São Paulo que, mesmo com uma alta entre a semana encerrada em 15 de outubro e a terminada em 22 de outubro, tem o álcool mais barato do Brasil, com média de R$ 1,857 o litro. Já a gasolina ficou em R$ 2,662 o litro, de acordo com dados da ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), com base nos preços praticados na última semana. 
De acordo com a ANP, além de São Paulo só compensa abastecer com etanol em mais dois estados brasileiros: Goiás e Mato Grosso. No primeiro caso, o litro do etanol custava, na terceira semana de outubro, R$ 1,945, e o da gasolina, R$ 2,861. No Mato Grosso, no mesmo período, o litro do etanol ficou em R$ 2,009 e o da gasolina em R$ 2,919.
Com esses valores, observa-se que a proporção etanol/gasolina ficou em 69% em São Paulo. No mesmo sentido, a relação no Mato Grosso e Goiás ficou em 68% e 67%, nesta ordem, fazendo com que o abastecimento com etanol seja mais econômico em relação à gasolina nos estados.
Para o uso do etanol ser vantajoso, é preciso que o litro custe até 70% do preço do litro da gasolina. Se a proporção ultrapassar essa porcentagem, abastecer com gasolina torna-se mais apropriado financeiramente.
De maneira geral, das 27 unidades federativas analisadas pela agência, o preço médio do etanol subiu em nove estados na semana encerrada no último dia 22 de outubro. Na média nacional, o litro do etanol subiu para R$ 2,000. Já a gasolina subiu em 8 e recuou em 16 estados e no Distrito Federal, ficando em R$ 2,749, na média. A proporção do preço do etanol com relação ao da gasolina, na média nacional, foi de 72% na última semana.

terça-feira, outubro 18, 2011

Finanças Pessoais - Sites de compras coletivas violam código de defesa do consumidor


Os sites de compras coletivas ganharam a atenção dos consumidores brasileiros. Por terem os produtos e serviços mais desejados e com preços tentadores, esse tipo de venda começou a crescer no País, tanto que hoje já são quase duas mil empresas.
Com o aumento das ofertas, os problemas começaram a surgir e os direitos do consumidor passaram a ser ignorados.
De acordo com o Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), entre os maiores problemas enfrentados pelos consumidores estão o fato de as empresas não assumirem responsabilidade por problemas decorrentes das vendas, não oferecerem informações suficientes ao consumidor e divulgarem descontos maiores do que realmente são.
Compras coletivas x problemas coletivos
Para entender os problemas que o consumidor tem enfrentado, o Idec realizou um levantamento com as quatro maiores empresas do setor, segundo o ranking do portal Bolsa de Ofertas: Clickon, Groupalia, Groupon e Peixe Urbano. Entre os problemas encontrados estão:
  • Cadastro obrigatório de e-mail, sem acesso ao contrato:  neste quesito, foram reprovadas as empresas Groupon e Peixe Urbano. De acordo com o Idec, é direito do consumidor só cadastrar seu e-mail depois de analisar os Termos e Condições de Usos e a Política de Privacidade dos sites de compras coletivas.
    Porém, segundo o levantamento, para o consumidor conhecer as regras de funcionamento dos sites é necessário cadastrar o endereço de e-mail. Além disso, durante o cadastramento, o sistema opt-out faz com que o consumidor aceite compulsoriamente as regras de prestação de serviço, uma vez que esse item já vem assinalado. “Essa prática desrespeita a autonomia do consumidor e sua liberdade de escolha”, explica o o advogado do Idec e responsável pela pesquisa, Guilherme Varella.
  • Utilização indevida de dados pessoais: as empresas Groupon, Peixe Urbano e Clickon foram apontadas nesse quesito, pois compartilham dados pessoais dos usuários cadastrados com parceiros para uso comercial e publicitário. “Não há garantias sobre a forma de tratamento das informações, o que é uma ameaça à privacidade dos consumidores e dá margem à publicidade virtual massiva e abusiva (spams)”, afirma Varella.
  • Isenção de responsabilidade: neste caso, todos os sites pesquisados apresentaram cláusulas contratuais que eximem sua responsabilidade em relação à qualidade e à eficiência dos produtos e serviços que oferecem. De acordo com os contratos, a obrigação de reparar eventuais prejuízos cabe apenas aos seus parceiros, admitindo que são apenas intermediadores da compra. “O site de compras coletivas faz parte da cadeia de fornecimento de produtos e serviços, pois atua na etapa de oferta, publicidade e transação financeira dos compradores. Não há o que justifique a isenção ou diminuição de sua responsabilidade”, explica o advogado.
    Segundo o artigo 51, I e III, do CDC (Código de Defesa do Consumidor), tais cláusulas são nulas, portanto, o consumidor tem o direito de exigir que os sites de compras coletivas resolvam os problemas constatados nos produtos ou serviços que comercializam.
  • Desconto maquiado: as quatro empresas analisadas tiveram problemas, pois inflacionam os preços para disponibilizá-los em promoção, fazendo com que contratar o serviço diretamente no fornecedor saia mais barato do que adquirir dos sites de compras coletivas com desconto. Em outros casos, algumas empresas prometem descontos que não existem, cobrando o valor real do produto ou serviço. “Como os sites de compras coletivas são uma forma de publicidade, a veiculação de informação falsa pode ser considerada publicidade enganosa e proibida pelo artigo 37 do CDC”, explica Varella.
  • Número mínimo de compradores: todas as empresas novamente tiveram problemas neste quesito, pois nenhuma informa o número mínimo de compradores necessários para a efetivação da oferta, embora seja uma informação fundamental para a efetiva aquisição do produto ou serviço.
  • Direito de arrependimento:  os sites reprovados foram Groupon, Peixe Urbano e Clickon. Neste caso, eles não informam adequadamente o direito de arrependimento que, segundo o CDC, é de até sete dias e dá o direito do consumidor receber seu dinheiro de volta. No caso da Clickon, esse direito é garantido, porém, o consumidor terá de pagar uma multa de 40% para cancelar a compra. “A cobrança de multa é absurda e ilegal, pois é direito do consumidor desistir da compra”, afirma o advogado.
  • Ausência de SAC: nenhum dos quatro sites analisados possuem opção de atendimento rápido ao consumidor, seja por meio de telefone ou chat. As opções oferecidas são apenas perguntas frequentes, com respostas pré-formuladas.
  • Falta de informações que identifiquem os sites fornecedores: todas as empresas apresentaram falha, já não divulgam de maneira clara os dados dos fornecedores. Além disso, as que informam o nome, endereço e outros dados, colocam essas informações em locais de difícil localização. “Esses dados são fundamentais para que o consumidor possa contatar as empresas e entrar com ação contra elas, caso seja necessário”, explica Varella.
Outro lado
As empresas foram informadas do resultado da pesquisa e deram seu posicionamento em relação aos resultados.
No caso do Groupon, a empresa admitiu que tem parte da responsabilidade sobre os produtos e serviços que oferta e disse que alterou a cláusula que trata do assunto. Sobre a relação entre preço e desconto, explicou que analisa todas as ofertas antes de publicá-las, mas que pela natureza dinâmica do modelo de negócio, alguns parceiros podem praticar o preço ofertado no site para outros clientes. O site também afirmou que informa sobre o direito de arrependimento nas perguntas frequentes, no item “modalidades de reembolso”.
O Peixe Urbano reiterou que não integra a cadeia de fornecimento, afirmando que atua apenas como prestador de serviço de publicidade e disponibilização de vouchers promocionais, esquivando-se da responsabilidade por eventuais problemas. Ainda afirmou que checa todos os preços antes da publicação da oferta, e que não considera necessário informar sobre o direito de arrependimento, pois este está previsto no CDC.
Para o Clickon, seu papel é de intermediador da relação entre parceiro e usuário e que, por isso, não pode ser responsabilizado por qualquer problema. Além disso, informou que seus descontos são baseados no preço sugerido pelos parceiros, e que estes podem fazer promoções paralelas às do site. A empresa também informou que retirou a previsão de multa da cláusula sobre o direito de arrependimento.
Já o site Groupalia afirma que a responsabilidade é dos fornecedores, quando estes são identificados.

segunda-feira, outubro 17, 2011

Finanças Pessoais - Cuidado com Fraudes no Cartão!

O cartão é hoje o meio de pagamento mais usado nas transações de comércio on-line. Preocupadas com os riscos de fraudes, as instituições financeiras e empresas que atuam no varejo on-line estão investindo cada vez mais em tecnologia de forma a garantir a segurança do consumidor. Tanto que já são capazes, através de ferramentas específicas, identificar o perfil do usuário e detectar quaisquer atitudes fora do padrão normal de uso, o que permite a rápida identificação do uso indevido do cartão.

Apesar disso, o risco de fraude existe e não pode ser ignorado. Mas, a educação é parte importante do combate à fraude, e você, como usuário, pode se proteger dela tomando alguns cuidados simples e agindo rapidamente se suspeitar ter sido vítima de fraude. Afinal, quanto mais rapidamente contatar as autoridades competentes, maior a probabilidade de minimizar os danos contra a sua identidade, o seu crédito e a sua conta bancária.

A maioria das fraudes com cartão de crédito envolve falsificação. Assim, a primeira medida de segurança que você deve adotar para evitar problemas é proteger seus dados pessoais.

Ainda que o banco emissor possa suspender o seu cartão temporariamente se suspeitar de uso indevido, você como titular pode fazer o mesmo caso acredite ter sido vítima de fraude. Caso tenha outros cartões proceda da mesma forma, pois os fraudadores podem usar seus dados pessoais para tentar clonar outros cartões que possua.

As instituições financeiras são dotadas de tecnologia para descobrir de que lugar e computador essa compra foi efetuada, assim como o horário em que o crime ocorreu, de forma que quanto antes elas forem notificadas, mais rápido conseguem identificar o fraudador. Em geral, nos casos de suspeita de fraude, a polícia é notificada e fica responsável por apurar mais profundamente os crimes.

Para se precaver de futuras dores de cabeça, é imprescindível tomar duas medidas: anote o número de atendimento (toda ligação feita para as centrais de atendimento de instituições financeiras é gravada e possui um número para verificação) e solicite um fax que comprove o bloqueio ou cancelamento do cartão.

Faça um boletim de ocorrência nas autoridades policiais da região onde mora. Guarde cópias do relatório policial para apresentar ao banco emissor se for preciso. Com isso, ficará claro que você foi vítima de um crime.

A Polícia Civil do Estado de São Paulo http://www.policia-civ.sp.gov.br/ oferece o serviço de Boletim de Ocorrência online nos casos de furto ou perda de documentos (cartões bancários, de crédito e talões de cheques) e furto de celulares.

A cada passo do processo, guarde sempre cópias dos documentos, incluindo e-mails, correspondência escrita e gravações de chamadas telefônicas, em locais seguros.

quarta-feira, outubro 05, 2011

Finanças Pessoais - Internet x Loja Física: a mesma empresa pode cobrar preços diferentes?


Não é uma situação rara os consumidores pesquisarem preços e condições de pagamento na loja virtual de uma empresa e se depararem com um valor diferente daquele praticado na loja física da mesma companhia. Mas, isso é permitido pelo Código de Defesa do Consumidor? As empresas podem sim cobrar preços diferenciados, tanto entre uma loja física e uma virtual, quanto entre duas lojas físicas.
Porém, apesar de poderem, elas não devem deixar de indicar qual é o preço praticado, a forma de pagamento, as condições de entrega e condições de devolução.
Mas por que isso acontece? Porque as lojas têm custos menores com encargos e deixam de pagar um vendedor. E é exatamente por conta desses valores mais atrativos que o consumidor precisa dobrar a atenção, é necessário sempre verificar a idoneidade da empresa.
Para se proteger, vale a pena saber qual o preço praticado em lojas físicas para comparar e não correr o risco de ser enganado. Além disso, a importância de visitar uma loja física também inclui a possibilidade dela olhar o produto, verificar modelo, suas funcionalidades, e conseguir escolher com mais propriedade qual a mercadoria que melhor atende suas necessidades.
O consumidor ainda deve ficar atento ao chamado Custo Efetivo Total. Regulamentado por uma resolução do Banco Central e também previsto pelo CDC, ele basicamente trata da necessidade das lojas deixarem claro para o consumidor qual o preço total que ele irái pagar. Não apenas o valor da mercadoria, mas também incluídos os custos dos empréstimos, os encargos, taxas, etc. 
Vale lembrar que, em relação aos direitos dos consumidores, a principal diferença de uma loja física para a virtual diz respeito ao Direito de Arrependimento. Tudo que é comprado pela internet pode ser devolvido dentro do prazo de sete dias, sem necessidade de o consumidor explicar porque está devolvendo, na loja física isso não existe, o produto só é devolvido se apresenta defeito, ou conforme a política da loja.

segunda-feira, outubro 03, 2011

Finanças Pessoais - Como cuidar do orçamento em época de crise?


Uma crise econômica pode fazer estragos devastadores na economia e afetar diretamente o cotidiano dos consumidores porém, é possível passar por momentos de maior turbulência sem ter a vida drasticamente afetada, mas, para isso, é importante que sejam tomados alguns cuidados.
É preciso equilibrar os prazeres imediatos, vivendo o hoje também pensando no amanhã.
Um dos pontos fundamentais que o consumidor deve observar é o seu nível de endividamento. As parcelas de empréstimos e financiamento não podem prejudicar o orçamento familiar, principalmente em momentos em que existe a possibilidade de haver uma crise financeira. O comprometimento da renda das pessoas está muito alto e crescendo e, caso haja algum problema na entrada de recursos, a inadimplência virá e, com ela, todos os malefícios já conhecidos - juros mais caros, menor atividade econômica, etc.

Crédito mais escasso e caro
Em momentos de crise, o crédito costuma se tornar mais escasso e, por conta disso, mais caro. Daí o perigo de se endividar em demasia. Nestes tempos, é mais prudente refletir muito antes de qualquer tomada de crédito, já que os custos serão mais altos.
Aumentar as reservas
Além de procurar contrair menos dívidas, é interessante procurar manter uma reserva financeira para momentos em que a economia está em um situação mais complicada. Dentro do possível, é importante tentar aumentar as reservas.
Para isso, existem duas maneiras, ou você dá um jeito de ter uma renda maior ou então corta gastos que não são tão necessários. Desta maneira, se a crise realmente acontecer, você tem como enfrentá-la. Se você não for afetado pela crise, pode aproveitar as oportunidades de investimento, por exemplo, com aquela reserva.
Investimentos
Em relação aos investimentos, os mercados oscilarão com mais volatilidade, trazendo mais riscos. Por isso, também é preciso ter uma cautela maior neste momento, com menor exposição em bolsas e ativos cambiais e mais voltado para a segurança da renda fixa.